Assim como a mulher da mídia deseja ser um objeto de consumo, como um eletrodoméstico, um avião, uma "máquina" peituda, bunduda, sexy (mesmo se fingindo), também o homem da mídia deseja ser "coisa", só que mais ativa, como uma metralhadora, uma Ferrari, um torpedo inteligente e, mais que tudo, um grande pênis voador, um “passaralho” super-potente, mas irresponsável e frívolo, que pousa e voa de novo, sem flacidez e sem angústias. macho brasileiro tem pavor de ser possuído por uma mulher. Não há a entrega; basta-lhe o "encaixe".
O herói macho se encaixa em heroína fêmea e produzem uma engrenagem, repleta de luxos e arrepios, entre lanchas e caipirinhas, entre jet-skis e BMWs, num esfuziante casamento que dura três capas de Caras. E, ainda por cima, atribuem uma estranha "profundidade" a esta superficialidade.
(Amor é Prosa, Sexo é Poesia – Arnaldo Jabor)
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