Minha terra

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A minha preocupação e também a de milhares de Palmarenses, é saber como viveremos nessa área de risco de novas enchentes na nossa cidade, uma vez que até agora nada saiu do papel em relação as construções das barragens de contenção das cabeceiras do rios que banham nossa cidade. 
A pergunta fica no ar: Se é prioridade e meta do Governo Eduardo construir prédios Públicos em local alto, para livrar de novas enchentes, e as nossas casas, que ficam na parte baixa da cidade , no coração de Palmares, que iremos fazer? se nada for feito para impedir que a cidade seja tomada por enchentes , quando começarem as chuvas??? O comércio será invadido e mais uma vez perderemos tudo o que estamos reconstruindo com nosso esforço e trabalho? 

Na Mata Sul pernambucana, área mais atingida pelas enchentes ocorridas há cinco meses no Estado, esgoto e lixo contaminam a água. Construções e aterros tornam as margens mais estreitas. No trabalho de reconstrução das cidades, é preciso também cuidar do meio ambiente.
Em Palmares, trabalhadores reestruturam o sistema de saneamento da cidade. Só que a tubulação novinha em folha já leva água de esgoto diretamente para o Rio Una. Tudo de que ele não precisava.
“Em Palmares existe o projeto de criação de uma estação de tratamento de esgoto. É evidente que, tomando conhecimento da matéria, já estamos atuando na área. Já me comuniquei com o pessoal da equipe técnica de campo que, em breve, deve ter um levantamento completo da situação da área”.
Nossa Terra tem palmeiras onde canta o sabiá,não podemos deixar ela ser enterrada com a memória dos poetas.

Canção do Exílio

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Gonçalves Dias

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