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Troque esse olhar perdido por um sorriso

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Vamos falar um pouco de você?
Você é uma pessoa incrível, especial.
Quem te conhece de verdade, tem vontade de te abraçar e ficar assim abraçadinho por um tempão, tamanha é a generosidade do seu coração, tamanha é a pureza e a sinceridade da sua alma.
Você é aquela que faz de tudo para ver todo mundo bem.
Você é aquela que chora com uma história bonita e até com uma cena na televisão.
Você é aquela que fica com o coração partido só de ver os olhinhos tristes de um cachorrinho de rua.
Você é aquela que ouve todo mundo, mas que não fala dos seus sonhos e sentimentos para ninguém.
Você é aquela que sonha, faz planos, mas que muitas vezes deixa-os de lado para viver os sonhos e os planos de alguém que ama.
Você é aquela que ao som de uma música é capaz de sair do lugar onde está e se transportar para o passado.
Tenta se fazer de durona, mas tem horas que a coisa que mais quer é encontrar um ombro para encostar e chorar. Chorar pelos planos que não deram certo, chorar de saudade de quem já se foi, chorar para tirar um pouco do peso sobre seus ombros.
O seu coração é de uma mulher madura, mas a sua alma é de menina.
Menina que às vezes quer é fugir, se esconder...mas fugir de quem? Se esconder de quem? Talvez de si mesma. Das suas perguntas sem respostas ou quem sabe de uma inquietude sem fim.
Loucura? Não, isso não tem nada a ver com loucura. É que você apenas possui uma consciência muito forte de tudo. E talvez, conseguiria viver de modo mais leve se parasse de ficar remoendo certas coisas ai dentro de você. Se entendesse que não é responsável pela felicidade de todos em sua volta e que a vida é feita de estações.
As primaveras do seu passado não foram as mais felizes, as flores mais lindas ainda estão para se abrir a sua frente.
Então, troque esse pensamento confuso e esse olhar perdido por um sorriso.
Um dia iremos nos encontrar, você me contará de como o sol na sua vida voltou a brilhar e da vontade que tinha de me abraçar.
Depois do abraço, eu sorrirei e responderei que nós sempre nos conhecemos, é que a minha memória não se apagou como a sua. Assim como nesta, em todas as vidas passadas e nas futuras, eu serei sempre o seu irmão mais velho, aquele a te incentivar, encorajar e ajudar a caminhar.



Fábio Teruel

A gente não faz amigos, reconhece-os

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"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.

Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade
que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite
que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem
intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido
todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os
meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o
quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer
o quanto gosto deles.Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão
incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não
declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de
como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu
equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu,
tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto
pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida
ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma
lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da
vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando
comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e,
principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que
são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os."
(Vinícius de Moraes)*