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18 de Junho de 2010

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Impossível não sofrer no dia de hoje com as lembranças amargas do 18 de Junho de 2010.
Chuvas desvastadoras chegaram nos tirando a paz e o sossego. Nunca pensei presenciar tanta desgraça em um cenário que mais parecia de guerra.
E os rios que banham a cidade vieram arrastando tudo. Trazendo a lama, animais mortos e destroços por onde passavam. 
Salvamos nossas vidas e nossas casas, tivemos sorte, o que a maioria de outras pessoas não tiveram. A maior catástrofe que já presenciei em toda minha vida como afirmo aqui nesta postagem de 5 anos atrás.                                   

Ninguém aguenta mais outra enchente em Palmares!

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 A chuva não para e a cidade está na maior agitação. O rio una mais está com seu limite máximo, com 6 metros e setenta (as 23:30hs) Falta pouco para ele transbordar...

A noite parece interminável, não consigo pregar o olho, é angustiante saber que milhares de pessoas estão sofrendo vendo a água enlameada invadindo suas casas na Zona ribeirinha.

Agora são 4 hs da manhã e a julgar pelo silêncio do centro da cidade(parte baixa em que moro), o rio estabilizou e a populaçao está mais tranquila.

Há exatamente 11 anos estávamos sofrendo com uma terrível enchente dias 1,2,e 3 de agosto de 2000.




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Minha Palmares sofrida

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A noite parecia não ter fim naquela madrugada de terça feira. Telefonemas avisavam que vinha muita água pelos rios que banham nossa cidade. A aflição  aumentava cada vez  mais e a chuva caia mais forte...
O que se via nas ruas eram pessoas enlouquecidas carregando seus movéis e roupas tentando salvar e colocar em lugar de segurança. O caos se fez presente nas ruas com os carros em contramão...
Muita tristeza passar por tudo isso novamente em menos de um ano...


.Imagem e vídeo: DENILSON VASCONCELOS

Enchente em Palmares

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O Revide do Rio

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 Com esse tema, a equipe do JC levou o Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo. Uma bela matéria sobre as enchentes que atingiram a Mata Sul de Pernambuco em junho de 2010.


O rio da destruição já nasce devastado. Sente o peso da mão humana quando ainda nem de rio pode ser chamado. É só um fiapo de água brotando da terra. Quem passa nem percebe. Não fosse a placa avisando, “Aqui nasce o Rio Una”, aquele seria mais um entre tantos outros lugares que o homem desmatou para plantar milho, feijão e alimentar o gado. Da nascente silenciosa, no Agreste, até a foz, no encontro com o mar, vai cumprir a mesma sina. Por onde corre, é tratado como esgoto. Só serve para levar para longe a sujeira de cada dia. A cidade nem vê. Prefere dar as costas. Até ser engolida por ele. A tragédia que varreu a Zona da Mata Sul de Pernambuco é um alerta. Um grito de socorro. O rio está buscando o espaço que tiraram dele. Devolvendo ao homem as agressões acumuladas ao longo dos anos e das cidades por onde passa.



Reportagem de Ciara Carvalho e Verônica Falcão publicada no Jornal do Commercio em 11.07.2010