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Chiara Lubchi

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Na casa da minha tia, tem diversas fotos e livros de Chiara Lubchi,desde que ela retornou da Itália como Focolarina,que todos nós aprendemos a respeitar a vontade dela, afinal ser Focolarina foi uma opção de vida dela, ainda muito jovem.

O que é o Movimento Focolares?
Foi em 1943, durante a última guerra, que surgiu o Movimento dos Focolares, fundado por Sílvia Chiara Lubich, chamado oficialmente ´Opera di Maria´.

 No meio da destruição geral, causada pelos bombardeios, Chiara e um grupo de jovens companheiras se perguntaram: ´Haverá um ideal que não passa, que nenhuma bomba pode destruir´? E a resposta chegou: Sim, este ideal é Deus, que se manifesta no que realmente é: Amor. Decidiram que se fossem vítimas da guerra, se escrevesse em suas sepulturas: ´Nós acreditamos no amor´ (1 Jo 4,16).

 A data histórica do Movimento é 7 de dezembro de 1943, quando Chiara se consagrou ao Senhor.

Em pouco tempo, atingiu centenas de pessoas em Trento e, depois da guerra, espalhou´se pelo mundo inteiro, envolvendo diversas formas de vocação: focolare masculino e feminino, voluntários, casados no Movimento Famílias Novas, Sacerdotes, Movimento sacerdotal seminarista, Movimento Gen, e numerosas publicações. 

A Santa Sé aprovou em 1962 com João XXIII e em 1965 com Paulo VI, com uma estrutura interna do conselho geral de coordenação, cujo presidente, por estatuto, sempre deve ser uma mulher. 
As linhas doutrinais inspiradoras da espiritualidade do Movimento estão contidas em doze verdades evangélicas:

Deus´Amor é a primeira centelha inspiradora, a compreensão nunca tida antes de Deus como Amor.

Fazer a vontade de Deus é a resposta que se dá ao Deus´Amor, à imitação de Jesus, o Filho que fez sempre a vontade do Pai.

Entre as vontades de Deus destacam´se duas: o mandamento do amor aos irmãos; e a

Reciprocidade do amor fraterno, exigida pelo mandamento novo de Jesus.

A presença de Jesus entre os homens, quando estes, amando´se uns aos outros, se reúnem em seu nome, dá sentido à fraternidade universal que Jesus trouxe à terra para toda a humanidade.

Jesus abandonado na cruz se manifesta, no cume das dores, como chave para recompor a unidade das pessoas com Deus e entre si, para sanar toda divisão.

A Palavra de Vida do Evangelho, como radical reevangelização do próprio modo de pensar, de amar, de viver, é apresentada cada mês com um breve comentário espiritual de Chiara.

Na Eucaristia, instituída antes da oração pela unidade ´que todos sejam um´ Jesus é o vinculo da unidade, o mais poderoso coeficiente para a plena unidade.

Maria, discípula por excelência, cristã perfeita, é modelo para cada membro do Movimento, sobretudo porque tem a função de gerar espiritualmente Cristo entre os homens. O Movimento foi aprovado como ´Obra de Maria´ e os seus encontros mais variados são chamados ´Mariápolis´.

À presença de Jesus na Igreja hierárquica, ´quem vos escuta a mim me escuta´, não obstante todas as fraquezas humanas, exigindo realizar as suas ordens e desejos, se atribui a explosão mundial do Movimento. Mas a unidade com a hierarquia não impediu que o Movimento explicitasse cada vez mais as exigências dos diálogos: ecumênico, interreligioso e com os não crentes, em vista do ideal da unidade.

No Espírito Santo o Movimento se reconhece a si mesmo pela típica atmosfera que ele difunde entre seus membros e por aqueles dons tão característicos da Obra de Maria: alegria, paz, luz.

A unidade é o elemento mais típico e característico da espiritualidade do focolare e que lhe dá o seu nome particular: ´espiritualidade da unidade´. Todo o resto, todos os outros elementos estão finalizados para sua atuação, o grande ideal da espiritualidade focolarina, o seu objetivo único: ´que todos sejam um, como nós somos um, eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade e o mundo reconheça que me enviaste e os amaste, como amaste a mim.



Hoje minha tia Geraldina é uma Voluntária, seguidora de Chiara Lubich,




Quem é o voluntário?

O voluntário é alguém que crê.
Crê no Evangelho e, portanto, age.
Não faz acordos com o mundo.
Quer levar o fogo, sabendo que é fogo o Reino de Deus sobre a Terra. O fogo age nele e se alimenta, criando em torno de si a revolução evangélica.
Vê as conseqüências potentes do Evangelho:
"Bem-aventurados os mansos porque possuirão a Terra". Não é possível ser voluntário se não se propõe a conquistar a Terra inteira, a fim de atuar o desejo supremo de Jesus: "Que todos sejam um".
"Dai a vos será dado". O voluntário ama e, assim, dá e se torna um rico que enriquece espiritualmente ou materialmente os outros.
"A quem me ama, eu me manifestarei”. O voluntário não fica contemplando o amor, mas ama. Deus se manifesta dentro dele. Não é uma marionete em poder da esposa ou do marido, do chefe, das circunstâncias. Amando, sente que não está sozinho, mas que alguém dentro dele o guia. O amor, o entusiasmo nele torna-se luz e essa luz, submetida à Igreja pode ser vista.
Com isso, o voluntário se torna um instrumento de Deus e, se Deus age nele, o que ele fará?
Uma revolução!
O voluntário sabe, porém, que no Evangelho existem leis das quais não pode prescindir: "Se o grão de trigo cai na terra e morre, produz grandes frutos". O voluntário vai á cidade, semeia...mas sabe que, para produzir frutos, a semente deverá consumar-se e morrer.
O Evangelho reflete a vida do Primeiro Voluntário, que terminou na cruz... portanto, o voluntário se prepara, se Deus o quiser, também para o martírio e, por enquanto, ama o crucifixo dia após dia.
O voluntário tem um grande lema; segue um chefe que diz: "Se alguém vem a mim e não renuncia a seu pai e sua mãe, à esposa... não pode ser meu discípulo”.(pede pureza de vida)
"Quem quiser me seguir, renegue a si mesmo". (obediência às leis divinas)
"Bem aventurados os pobres de espírito porque deles é o Reino de Deus" (pobreza).
E Jesus teve mais discípulos que qualquer outro jamais teve, porque a cruz cria uma abertura na alma e traz a luz, a plenitude da alegria, da vida.

O voluntário que vive como Jesus verá o mundo se revolucionar.

Chiara Lubich


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