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Merecemos o Nobel
Ele não é pernambucano, mas conquistou até o título de cidadão da terra do frevo. Ele é o paraibano, mundialmente conhecido pelo seu "auto da compadecida", Ariano Suassuna, que vai representar o nosso País em busca do PrêmioNobel de Literatura.
Nenhum brasileiro jamais conquistou esse título e o Ariano, quem sabe, nos dará essa alegria.
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O Auto da Compadecida,
Prêmio Nobel de Literatura
Forró Estilizado
‘Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!’. A maioria, as moças, levanta a mão.
Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, de todas bandas do gênero).
As outras são ‘gaia’, ‘cabaré’, e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam)
Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, de todas bandas do gênero).
As outras são ‘gaia’, ‘cabaré’, e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam)
Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade. Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas.
Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá:
Calcinha no chão (Caviar com Rapadura),
Zé Priquito (Duquinha),
Fiel à putaria (Felipão Forró Moral),
Chefe do puteiro (Aviões do forró),
Mulher roleira (Saia Rodada),
Mulher roleira a resposta (Forró Real),
Chico Rola (Bonde do Forró),
Banho de língua (Solteirões do Forró),
Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal),
Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada),
Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca),
Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró),
Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró).
Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas. Porém o culpado desta ‘desculhambação’ não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo.
O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental.
As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de ‘forró’, parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde.
Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado, Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.
Aqui o que se autodenomina ‘forró estilizado’ continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem ‘rapariga na platéia’, alguma coisa está fora de ordem.
Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é: ‘É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!’, alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.
Ariano Suassuna
Fonte:culturanordestina.blogspot.com
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Cordel Encantado
Reza a lenda que todo Nordestino tem que gostar um pouquinho de Cordel. Um tipo de poema popular que tem rimas e também xilogravuras. Pendurados em cordas, os folhetos ganharam o mundo contando histórias em estrofes de seis, oito e até dez versos.
Os cordelistas sempre são acompanhados de viola e recitam de forma harmoniosa , como uma cantoria. Atualmente o Cordel está bastante em moda, a globalização o colocou em evidencia. Com aprovação de muitos e desdém de alguns que tem repulsa pelo Nordeste (acho que nem assistem a novela por tal descriminação), o cordel passou a ser conhecido no mundo todo.
A novela, Cordel Encantado, é uma peleja entre Nordestinos cangaceiros e reis, onde o amor está acima do bem e do mau.
Falando em Cordel, esses versos é uma mensagem para o dia de hoje. Da minha amiga blogueira e cordelista, Dalinha de renome em todo o território Nacional.
PÁSCOA E PAZ
Vamos adubar nosso chão,
Na mão tremula o rosário
No peito o escapulário
Uma prece , uma louvação
Aos pés de padre Ciço Romão
Um homem franzino chorando
Esborra as lágrimas do sertão
E no arroubo do seu choro, chora
Gonzaga, Frei Damião...
Santo Antonio no altar
Ri das travessuras de um menino
Pra cada andor uma procissão
Quem se eu do céu gritasse
Me estenderia sua mão?
Pra Maria Bonita uma oração
Pra Antonio Conselheiro extrema-unção
Num pensar mancomunado
Dois sujeitos muito macho
Um projeto pra nação
Ariano Suassuna com brilho
E Hermilo Borba Filho
Essa dupla genial
Dois pensadores nordestinos
Criaram o Movimento Harmorial
No vale fértil do sertão
Tomba jagunços e seus irmãos
Nos rochedos sangra o peito
Do destemido Lampião.
Essa música é de autoria de meu irmão, Poeta Genésio Cavalcanti . Pena que a globo não a conhece, ficaria linda na novela Cordel Encantado, não acham?
Os cordelistas sempre são acompanhados de viola e recitam de forma harmoniosa , como uma cantoria. Atualmente o Cordel está bastante em moda, a globalização o colocou em evidencia. Com aprovação de muitos e desdém de alguns que tem repulsa pelo Nordeste (acho que nem assistem a novela por tal descriminação), o cordel passou a ser conhecido no mundo todo.
A novela, Cordel Encantado, é uma peleja entre Nordestinos cangaceiros e reis, onde o amor está acima do bem e do mau.
Falando em Cordel, esses versos é uma mensagem para o dia de hoje. Da minha amiga blogueira e cordelista, Dalinha de renome em todo o território Nacional.
PÁSCOA E PAZ
Vamos adubar nosso chão,
Plantar justiça, colher a paz.
Ressuscitar sentimentos
Que tanta falta nos faz.
Repudiar a violência
Pois cada um é capaz.
Chega de tanta violência,
Chega de tanta matança.
Chega de tanta maldade
Envolvendo até crianças.
Vamos semear justiça,
E tentar colher esperança.
Cristo foi crucificado,
Para nossa salvação.
Vamos abraçar o próximo,
Como se fosse um irmão.
Vamos ressuscitar a paz,
E abrandar o coração.
Ressuscitar sentimentos
Que tanta falta nos faz.
Repudiar a violência
Pois cada um é capaz.
Chega de tanta violência,
Chega de tanta matança.
Chega de tanta maldade
Envolvendo até crianças.
Vamos semear justiça,
E tentar colher esperança.
Cristo foi crucificado,
Para nossa salvação.
Vamos abraçar o próximo,
Como se fosse um irmão.
Vamos ressuscitar a paz,
E abrandar o coração.
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Santa OraçãoNa mão tremula o rosário
No peito o escapulário
Uma prece , uma louvação
Aos pés de padre Ciço Romão
Um homem franzino chorando
Esborra as lágrimas do sertão
E no arroubo do seu choro, chora
Gonzaga, Frei Damião...
Santo Antonio no altar
Ri das travessuras de um menino
Pra cada andor uma procissão
Quem se eu do céu gritasse
Me estenderia sua mão?
Pra Maria Bonita uma oração
Pra Antonio Conselheiro extrema-unção
Num pensar mancomunado
Dois sujeitos muito macho
Um projeto pra nação
Ariano Suassuna com brilho
E Hermilo Borba Filho
Essa dupla genial
Dois pensadores nordestinos
Criaram o Movimento Harmorial
No vale fértil do sertão
Tomba jagunços e seus irmãos
Nos rochedos sangra o peito
Do destemido Lampião.
Melodia: Zé Linaldo
Voz: Sérgio Boi
Essa música é de autoria de meu irmão, Poeta Genésio Cavalcanti . Pena que a globo não a conhece, ficaria linda na novela Cordel Encantado, não acham?
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