Mostrando postagens com marcador enchente em Palmares-PE. Mostrar todas as postagens
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Chuvas em Pernambuco

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Apesar da previsão de Meteorologia de Pernambuco, afirmar que as chuvas não cessariam esta semana, erraram pra nossa sorte, pois o sol hoje  apareceu lindo e forte,nenhuma nuvem no céu...nemhum pingo de água.
Bom para a nossa cidade que ontem amnahecu debaixo dágua. Agora é voltar a limpar as casas, tirar o lamaçal e torcer pra não chover mais com tanto afinco.
Os helicopteros não param e daqui da casa do meu irmão, vejo o movimento no ceú, esse é o único meio de acesso a Barreiros e Água Preta.
As pontes destruídas, o povo sem ter onde ficar, a fome, a lama, o caos ...
Eu, do meu cantinho, vou fazendo a minha parte e conseguindo amenizar a situação de muitos desabrigados, doando comida e roupas, que com a ajuda de meus filhos parentes e amigos, conseguimos angariar.
O acesso a Caruaru pela ponte Japaranduda em Palmares já foi restabelecido. O acesso a Água Preta pela PE 96 foi restabelecido pelo Exército Brasileiro.Isso foi muito importante, pois sem essa ponte de comunicação com nossas cidades vizinhas, nada se resolve.
veja o desespero da fome,na pele de quem nem tem o que comer!


Nova enchente

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Essa noite foi pavorosa, pois não dormimos. As 4 hs da manhã, eu já estava de pé. Nossa funcionária Alcione, que mora na área ribeirinha, nos ligava informando que estava monitorando o rio e que. este já havia subido bastante.
Amanhecemos com nossas casas lá na  parte baixa da cidade, debaixo dágua.A previsão é de chuvas por aqui na Mata Sul.Pensar que já havíamos lavado nossa Farmácia e começando a fazer limpeza também em nossas casas,vemos novamente tudo acontecer.Passaremos todo o inverno assim nessa aflição...
Que Deus detenha logo todo esse aguaceiro e faça essas águas secarem.

MAIS SOBRE A ENCHENTE DE HOJE:

 O GIRO PE, site de renome de nossa cidade,  está de parabéns por fazer uma cobertura brilhante noticiando em tempo real tudo o que acontece na enchente do rio una.Acompanhe minuto por minuto:

O Rio Una subiu nas últimas 24 h mais de 4 metros, devendo atingir seu pico hoje a tarde, prevendo-se um transbordo de mais de 2 metros em áreas baixas suscetíveis a enchentes. 
O pesadelo voltou, mas sem a magnitude daquela sexta-feira fatídica.
A cidade que ainda estava um caos, com lixo, entulhos, rede de drenagem sem funcionar, volta ao desespero e a desesperança.
12:07h - O Centro da Cidade de Palmares está completamente alagado, cerca de 2 metros de água.

12:40h - O Nível da água começa a baixar lentamente na cidade de Palmares-PE.

12:53h - Disponibilizado Vídeo da força da água em Palmares-PE.

13:06h - Em Palmares não chove no momento.

13:53h - O Nível da água começa a baixar na cidade de Palmares-PE, não chove no momento na região Mata Sul.

15:27h - Parte da cabeceira da ponte de Japranduba localizada na saida da cidade de Palmares sentido Caruaru é arrastada pelas águas do rio Una.

16:03h-  Não Chove na região Mata Sul de Pernambuco.

16:05h - Brasil abre o placa diante do Chile com gol de Ruan. GOOOOOOOOOOLLLLLLLLLLLLLL !!!!!!!!

16:16h - Em Catende-PE o nivel da água baixa rápido.

 16:17h -  Fim do 1º tempo do jogo Brasil 2 x 0 Chile.

Essa foi a cobertura real do dia de hoje,em clima de copa do mundo, estamos vivendo os piores dias da história de Palmares-PE

Lula em Palmares

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O Haiti é aqui


A Destruição
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O município de União dos Palmares (AL) foi devastado pela enchente.
Como num rastro de bombardeio, não restou nada ali: só lixo e tristeza

Quando a terra tremeu no Haiti, no dia 12 de janeiro deste ano, 1.200 soldados brasileiros, integrantes das Forças de Paz da ONU, já estavam lá e imediatamente passaram a auxiliar no resgate das vítimas do terrível terremoto que matou 200 mil pessoas. Na sexta-feira 18, as populações de mais de 100 cidades de Pernambuco e Alagoas não tiveram apoio nem parecido com este para enfrentar as enchentes que desabrigaram 154 mil pessoas. Os nordestinos contaram apenas com a própria sorte. No sábado, em Alagoas, havia quatro helicópteros para atender milhares de vítimas que esperavam por socorro em 59 municípios. Em Pernambuco, em cidades como Palmares, os primeiros bombeiros chegaram 28 horas depois de as pessoas terem se empoleirado nos tetos das casas para salvar suas vidas. A primeira reunião do comitê de crise que o governo federal criou para atender os dois Estados só ocorreu na tarde da terça-feira 22, quatro dias após o início das enchentes. E apenas na quarta-feira 23 o ministro da Defesa, Nelson Jobim, visitou os locais mais afetados. Atônito, ele também se lembrou dos desafortunados da América Central: “Só vi situação semelhante no Haiti.” Caos, destruição e morte. Juntos, Pernambuco e Alagoas contavam até o final da semana 50 mortos e estimavam em 150 o número de desaparecidos. Sessenta cidades haviam decretado estado de emergência e 35, estado de calamidade pública. Só em Pernambuco, 11.407 casas, mais de 2.103 quilômetros de estradas e 79 pontes foram destruídos.

O Abandono
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Na Igreja de São Miguel, em Barreiros (PE), centenas de desabrigados esperam
por uma providência divina – e pela ajuda do governo federal

Palmares, município localizado a 120 quilômetros da capital Recife, está no centro da devastação. Os relatos da gente da cidade sobre o que ocorreu ali desde a manhã da sexta-feira 18 impressionam. Muitos moradores confiaram que a água não subiria tanto e se refugiaram no andar superior das casas ribeirinhas, em vez de procurar locais mais distantes. O empresário Grivaldo de Oliveira Melo, 44 anos, foi um deles. Com a esposa, cunhada, filho, sogro e sogra, ele decidiu permanecer no seu sobrado. Foram pegos de surpresa pela força das águas. “Quando vi já era tarde. Até poderia tentar nadar, mas o meu sogro, que é cardíaco, e a minha sogra, com 79 anos, poderiam não aguentar”, conta Melo. Às 20h, o primeiro andar já estava encoberto. Faltaram quatro degraus para a água chegar ao segundo piso. “A gente já não tinha mais para onde ir”, diz ele. E a ajuda não vinha. A família de Melo só conseguiu sair da casa 28 horas mais tarde, no sábado 19. Foram resgatados por um bote do Corpo de Bombeiros. No domingo 20, quando a água baixou, os moradores de Palmares perceberam que a cidade não existia mais: “É lama, entulho e mau cheiro por toda parte. Não existe mais prefeitura, bancos e no lugar da praça só há uma enorme cratera. Palmares foi varrida do mapa”, constata Melo.

A Desolação
Ninguém tem para onde ir. Em muitas cidades é difícil saber até como
iniciar a reconstrução. Moradores ainda estão marcados pelo medo
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RUÍNAS
Milhares de casas desabaram e mais de 50 mil pessoas ficaram desalojadas nos dois Estados
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CASA VAZIA
Em União dos Palmares (AL), uma das cidades mais afetadas, menino tenta recuperar a bicicleta
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DESESPERO
Alagoanos nadam para escapar da forte correnteza que fez transbordar o rio Mundaú
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CAOS E LAMA
Sem água e sem luz, as pessoas tentam se virar como podem na cidade de Branquinha (AL)

Histórias de desespero se repetiram nas mais de 54 cidades pernambucanas afetadas pelas enchentes. Em Barreiros, o psiquiatra Anchieta Caraciolo ficou ilhado no Hospital Psiquiátrico onde trabalha. “Foi uma situação terrível. Não havia luz e só escutávamos o som da água, que descia pelas ruas como uma cachoeira”, lembra Caraciolo. O hospital, que tem 107 pacientes masculinos, aos poucos foi abrigando uma população aflita. Entre as centenas de pessoas que buscaram refúgio no prédio estava Josilda Maria da Silva, 19 anos, grávida, já em trabalho de parto. Seu atendimento foi improvisado em meio ao caos e, pela primeira vez na história do hospital psiquiátrico, nasceu ali um saudável bebê de 3,5 quilos. “Ela recebeu o nome de Maísa Vitória”, diz o médico. Quando deixou o hospital no domingo à noite, Caraciolo viu o estado de calamidade da cidade: “Era um cenário de pós-guerra. Barreiros parecia bombardeada.”

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SEM REAÇÃO
União dos Palmares (AL), Palmares (PE) e a força bruta do rio Mundaú

Em Alagoas, na Zona da Mata, choveu 180 milímetros em três dias – a média histórica para todo o mês de junho, nesta região, é de 150 milímetros. Na cidade de Quebrangulo, a população começou a notar no início da tarde da sexta-feira 18 que as águas do rio Paraíba estavam subindo. A professora Rosalita Melo dos Santos, 27 anos, dava aula de reforço a alguns alunos em sua casa, enquanto sua mãe, Carmelita, 65 anos, fazia as orações diárias na moradia de vizinhos. “Às três da tarde, minha mãe chegou dizendo que o rio estava alto e que era melhor pegar algumas roupas e sair de casa”, lembra Rosalita. Exatamente uma hora depois do aviso, a enxurrada já havia invadido a casa da família. Mãe e filha não tiveram tempo de salvar nenhum pertence. “A casa toda caiu, só sobrou o muro da frente.” Foram mais de 800 pessoas atingidas na cidade. O número de mortes em Alagoas chegou a quase o dobro do contabilizado em Pernambuco, onde a tragédia começou. Uma das justificativas para tamanha devastação é o fato de os rios alagoanos serem afluentes dos pernambucanos. As águas, que já haviam transbordado nas nascentes, ganharam força pelo caminho e varreram com maior intensidade o Estado vizinho. “Quando a água chegou aqui foi como um efeito dominó, devastando cidade após cidade”, diz Luciano Barbosa, presidente da Associação dos Municípios Alagoanos. A enxurrada colocou abaixo 59 cidades, deixando mais de 70 mil pessoas desalojadas. 

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CENÁRIO DE GUERRA
Moradores de Quebrangulo e União dos Palmares (AL) veem que pouco sobrou das suas cidades

Sem ter como socorrer suas vítimas, Alagoas e Pernambuco dependem de donativos e precisam agora da ajuda rápida do governo federal. Mas a burocracia atrapalha tudo – tanto quanto a imprevidência. Não há preferências partidárias na lentidão do aparato estatal. O governo tucano de Alagoas, por exemplo, jamais pediu verbas federais para a prevenção de enchentes. E a distribuição deste dinheiro, boa parte nas mãos de ministros do PMDB, parece responder estritamente a interesses paroquiais. Dos R$ 70,5 milhões disponíveis para prevenção de enchentes neste ano, a Bahia, Estado do ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima, ficou com 58% do dinheiro, R$ 40,1 milhões. Alagoas não teve nenhum centavo e Pernambuco recebeu míseros R$ 172 mil, ou 0,24%, segundo balanço da ONG Contas Abertas. “Estes privilégios estaduais são um absurdo, uma irresponsabilidade”, diz o economista Gil Castelo Branco, da ONG Contas Abertas. “O TCU tem sido muito brando com eles.”

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A principal autoridade encarregada de coordenar os trabalhos do comitê de crise, a secretária nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional, Ivone Valente, rebate as acusações. “Liberamos R$ 14 milhões para Alagoas, para os carros-pipa, no ano passado”, diz ela. “Lá, a prioridade era obra contra a seca, não era dinheiro para prever tragédias provocadas pelas chuvas.” Já o professor do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília José Oswaldo de Araújo Filho entende que a falta de planejamento é a principal causa das mortes ocorridas. “O governo poderia gastar menos e ao mesmo tempo diminuir a dor da morte e os prejuízos materiais. Mas para isso é preciso investir mais em planejamento que em remediação”, diz ele. “Necessitamos de uma política de remoção das populações nas encostas.” A mesma opinião é defendida pelo engenheiro e especialista em recursos hídricos Valmir Pedrosa, da Universidade Federal de Alagoas. Para ele, a construção de barragens nas regiões dos rios Mundaú e Una poderia resolver o problema. A cada dez anos, segundo Pedrosa, essas regiões passam por enchentes. Mas o rio Mundaú, maior responsável pelas enchentes em Alagoas, não possui uma só barragem em seu leito principal, só nos afluentes.

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O presidente Lula decidiu mobilizar sete ministérios para apoiar os dois Estados. Entre as primeiras iniciativas anunciadas estão a oferta de medicamentos, distribuição de água engarrafada e alimentos industrializados de consumo imediato. Na área de infraestrutura, o governo está ligando as redes de transmissão de energia dos municípios e recompondo trechos de estradas. Começaram a ser distribuídas 80 mil cestas básicas e há um estoque de outras 100 mil para serem entregues nos próximos dias. Lula anunciou ainda a liberação de mais de R$ 600 milhões para a reconstrução das principais cidades atingidas pelas enchentes. Resta agora saber quando esse dinheiro sairá do papel e como ele será distribuído. As cidades nordestinas, ainda sem água e luz, aguardam


Se durante o dia o cenário já impressiona pela destruição, à noite, quando quase ninguém circula pelo Centro devastado, Palmares vira uma verdadeira cidade fantasma. Como apenas 10% da área atingida tem energia elétrica, depois que o sol se põe, apenas os faróis de alguns carros e máquinas e as lanternas dos vigias mostram que ainda há vida por lá.
Na praça, o único ponto de luz é alimentado por um gerador. 
A iluminação garante tranquilidade para uma senhora que perdeu a casa na enchente dormir num dos bancos que restaram desocupados.
Com tudo às escuras, é impossível saber onde se pisa. Sem ver direito, parece que o olfato fica aguçado e o cheiro de podre fica ainda mais forte. Basta respirar para saber que debaixo daquela lama toda há comida podre e animais mortos.

Daniel Guedes- 

Presidente Lula se emociona em Palmares

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"Não haverá limites para reconstruir Palmares", disse o Presidente Lula, se emocionando ao sobrevoar a tragédia .
Lula abraçou e confortou os Palmarenses 
Lula, que chegou a chorar durante a visita, foi abraçado e aplaudido pelos moradores da cidade. O presidente afirmou que o que mais o impressionou em Palmares foi a gratidão das vítimas da enchente. "O cidadão que estava ali, com o pé enfiado na lama fedida, poderia até xingar o presidente e o governador", disse Lula, que estava acompanhado do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
O que se viu nas ruas destruídas e enlameadas de nossa querida Palmares, foi pessoas que choravam e  aplaudiam!
Aos gritos de "Ajuda a gente, Lula!!!ele percorreu todo o centro comercial , estarrecido com cada visão de desgraça das Praças; casas comerciais; Bancos e residências.
O que se vê nas nossas ruas é só desolação

ENCHENTE EM PALMARES-PE ESTOU VIVA!!!

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A maior catástrofe que eu já presenciei aqui na minha cidade. a maior enchente de todos os tempos!!! Toda a minha família perdeu tudo!!!estamos sem roupas , documentos e sem remédios também.Graças a Deus não houve mortes na família. O desespero está grande , um verdadeiro caos de lama e amontoados,carros virados submersos...destruiçaõ total.
o maior desepero foi ficar sem comunicação com meu marido, pois ele tinha tentar levantar minhas coisas,terminou ficando ilhado e sem poder sair , junto com meus tres irmãos e filhos.
O boato na cidade é que eu tinha morrido e Aragão também.

Todos os medicamentos da nossa Farmácia viraram lama. O primeiro andar foi atingido e tudo o que estava nele estragou. Computadores,arquivos,estoques de medicamentos,todas os móveis e objetos. Ninguém nunca imaginou que desse água na altura do primeiro andar.